Mossoró tem apresentação do curta-metragem sobre o cangaceiro José Leite Santana, o Jararaca O Huno de uma Nova Espécie
A cidade de Mossoró teve apresentação do curta-metragem sobre o cangaceiro José Leite Santana (Jararaca), O Huno de uma Nova Espécie.
A exibição do filme aconteceu em duas sessões no interior do Cemitério São Sebastião (Mossoró/RN), 19h30 e 20h, e foi acompanhada por diversos populares.
“Eu estava lá e achei muito interessante a forma que o autor trouxe o cangaceiro Jararaca no visionário popular. Será que ele é santo ou não ? O diretor deixou livre esta percepção e a ideia de santificação fica a cargo de quem acredita ou não neste misticismo“, comentou Eriberto.
Segundo o diretor Augusto Lula, “O filme foi finalizado depois de 20 anos do início das filmagens. Ele mostra a transformação do cangaceiro José Leite Santana, o Jararaca, no imaginário popular. Uma devoção popular que perdura até hoje“.
O filme “O Huno de uma Nova Espécie” é o quinto projeto autoral do diretor natalense Augusto Lula. A equipe do curta contou ainda com a participação de Danielle Brito (produtora); com os assistentes de produção Raquel Lucena, Paulinha Maux e Gustavo Luz; as imagens de Juliano (Steadicam), de Augusto Lula e Danielle Brito. Ainda fazem parte da equipe, Erick Lima (xilogravura) e Jota Marciano (Mixagem e masterização). Os textos narrados por Cyro Robson Papinha são de Fenelon Almeida e Luís da Câmara Cascudo. A música cantada por Pedro Mendes é a introdução de ‘Sentinela’, de Milton Nascimento e Fernando Brant.
As imagens e entrevistas exibidas no filme foram captadas no Dia de Finados de 2004, 2005, 2007 e 2019, no cemitério São Sebastião.
José Leite Santana, conhecido no cangaceirismo como Jararaca, fez parte do bando de Lampião e faz parte do grupo que invadiu Mossoró em 1927. Preso após a invasão, Jararaca acabou sendo assassinado e, segundo versões, enterrados vivo no cemitério mossoroense.
Esta história é contada em vários livros publicadas com o selo da Coleção Mossoroense. Os livros podem ser encontrados na sede da Fundação Vingt-un Rosado, localizado no terceiro andar da Biblioteca Municipal Ney Pontes Duarte.
“O filme não ficou como eu sonhava, mas a vida é muito curta e eu precisava colocar um ponto final no curta, pois o meu possível encontro com Jararaca no juízo final fica cada vez mais próximo no Dia de lágrimas (Lacrimosa), aquele que ressurgirá das cinzas um homem para ser julgado”, concluiu o diretor.
Após a exibição do curta, a equipe visitou o túmulo do cangaceiro Jararaca, com imagem captada pelo escritor Eriberto Monteiro.