Fundação Vingt-un Rosado realiza a organização do seu acervo com voluntárias especiais

A Fundação realiza a organização do seu acervo com voluntárias especiais. Trata-se de Luciana Rosado Gomes e Luana Rosado Gomes, respectivamente neta e bisneta de Vingt-un Rosado.

Segundo Eriberto Monteiro que tem coordenado e executado os trabalhos de reestruturação da Fundação, “A ajuda é muito valiosa, ainda mais agora que tenho trabalhado sozinho nesta missão. Minha dedicação acontece desde o início de 2017. O auxílio vem somar ainda mais ao meu esforço de recuperação do acervo para que ele possa ser disponibilizado ao público, ainda mais sabendo da riqueza que é todo este material”, comentou.

O presidente da Fundação Vingt-un Rosado, Dix-sept Rosado Sobrinho, sente-se muito orgulhoso ao ver os descendentes de Vingt-un neste trabalho voluntário de organização do acervo. “Que orgulho Vingt-un Rosado teria ao ver uma neta e uma bisneta trabalhando na organização do acervo da sua Coleção Mossoroense, sob a inteligente coordenação do grande Eriberto Monteiro. A tarefa é gigantesca. O acervo é enorme. Mas tem também essa finalidade de ensinar, no esforço, na organização de pessoas de todas as idades. Como Vingt-un fazia: ensinava-nos no trabalho, nas aulas, nas viagens, nas férias. Há de se distinguir o trabalho que escraviza, que desensina. Do trabalho que ensina regras, limites, educa, bem acostuma. Não concordo com os que dizem, todo trabalho é proibido à criança. Como se o trabalho e o exemplo do ser trabalhador fosse deseducativo e pernicioso“. E conclui: “Eu também estou orgulhoso e agradecido à ajuda de Luciana e Luana. Há uma árdua tarefa ainda na continuidade da Fundação Vingt-un Rosado/Coleção Mossoroense. Vamos dar continuidade aos trabalhos“. 

Para Luciana, uma das voluntárias, “A importância de realizar este trabalho é muito grande, principalmente mostrar para a minha filha Luana quem foi o bisavô dela. Um homem obstinado, incansável no que fazia. É lamentável que esteja nesta situação pela falta de apoio. Só demonstra o que passa o país. Eu tenho muito orgulho da loucura do meu avô em dedicar-se à cultura do Estado. Uma pessoa diferenciada”.

Luana tem apenas 9 anos de idade. Ela não conheceu Vingt-un, mesmo assim sabe da importância do seu bisavô para a cultura. “Não conheci meu avô, mas sei que ele era era incansável como vovô Dix-sept Sobrinho”, finalizou orgulhosa.

O trabalho de organização está sendo feito procurando obedecer os protocolos sanitários em decorrência do novo coronavírus. Enquanto Luciana e Luana trabalham numa sala, Eriberto Monteiro trabalha noutra. “O álcool 70 está disponível para que possamos fazer nossa higienização constantemente“, atesta Eriberto.