Fundação Vingt-un Rosado apresenta obra literária publicada em parceria com a Editora Cordel

A Fundação Vingt-un Rosado apresenta a obra literária Ventos, castelos e sonhos, da escritora mossoroense e professor aposentada Ethel Mônica.  

Segundo o poeta Antônio Francisco, referendando a obra, “Se você quiser sentir / o que eu estou sentindo agora / abra as páginas deste livro, / mergulhe na mesma hora / num rio de sentimentos / onde a poesia mora“.

Segundo Eriberto Monteiro, atual editor da Coleção Mossoroense e que fez a edição da obra com o poeta e escritor José Augusto Araújo da Editora Cordel, “É cada vez mais importante a descoberta de novos talentos na nossa literatura. E que estes talentos possam ser encorajados a se descobrirem. Ethel é uma escritora que mostra seu talento através das suas poesias alegres e contagiantes“.

“A obra é um aparato de sensibilidade envolvente através das palavras. Recomento demais”, finalizou Eriberto.

Aos interessados em adquirir a obra Ventos, castelos e sonhos, publicado com o selo da Coleção Mossoroense, série C, volume 1708 em parceria com a Editora Cordel, é só entrar em contato com a autora pelo telefone 84 99878 8108. Valor acessível de apenas R$ 20,00.

Acompanhe abaixo, uma pequena entrevista com a autora, Ethel Mônica concedida ao colaborador da Fundação Vingt-un Rosado, Eriberto Monteiro.

 

01 – Conte-nos sobre você. 

Bem, meu nome é Ethel Mônica de Azevedo Farias, tenho 51 anos de idade, nasci em Mossoró e nunca morei em nenhum outro lugar, como menciono em um poema meu chamado, Minha terra, meu xodó (que não está no livro). Sou filha de uma educadora e meu pai foi comerciário e funcionário público, ambos aposentados hoje em dia. Sou licenciada em Letras pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte. Até ano passado, quando me aposentei, lecionava as disciplinas de Português e Inglês na Escola Municipal Alcides Manoel.

02 – Quando você começou o interesse em se tornar escritora ?

Olha, escrevo desde os meus 17 anos e esse sonho existia sim, mas estava bem guardadinho numa espécie de potinho de doces (risos). Lembro que até cheguei a montar meu próprio livreto quando adquiri meu primeiro computador. Então, costumo dizer que esse meu menino publicado só agora, já estava na minha mente e na mente de Deus. Mas, certamente, foi com o empurrão dado por duas pessoas que ele se firmou: primeiro, minha mãe, grande incentivadora desse projeto e, depois, a ajuda inestimável de Nazaré Davi que me fez as ligações necessárias para a concretização do sonho da publicação.

03 – Teve alguma influência literária nas suas poesias ?

Bem, como falo na minha biografia no livro, sou bem eclética no meu gosto literário, mas o estilo impresso em minha poesia é mais intimista e não me preocupo muito com métrica e rimas, adoto versos livres na maioria das vezes, isso pode ter sido influenciado por escritos de poetas aos quais admiro como Clarice Lispector, Carlos Drummond, Manoel Bandeira, Cora coralina, entre outros. Apesar de não ser cordelista, admiro muito o estilo também, em especial os poemas de Antônio Francisco e Bráulio Bessa, mais contemporâneos.

04 – Sua obra saiu com o selo da Coleção Mossoroense. Você já conhecia este selo editorial ? Conte-nos a satisfação de ter a publicação referendada pelo maior movimento editorial do Brasil.

Certamente que sim, já conhecia o selo da Coleção Mossoroense. Para mim, que sou mossoroense da gema, foi bastante significativo quando Augusto Araújo, nosso editor, me falou que meu livro teria o selo desta Coleção mantida pela Fundação Vingt-un Rosado, que vem abrigando em seu acervo tantas obras de tão variados autores, e incentivando sobremaneira, ao longo de mais de 70 anos, a cultura e os escritores de nossa cidade. Então, como não se sentir honrada em também fazer parte dessa história a partir de agora, não é mesmo?

05 – A partir da sensibilidade mostrada no livro “Ventos, castelos e sonhos”, você já pensa ou já tem outra inspiração para publicar ?

Bem, ainda estou sob os efeitos gratificantes dessa primeira empreitada, que foi a concretização de um sonho adormecido e que aconteceu num momento tão crucial da história de nosso país, e por isso também, de minha história como pessoa, mas não te nego que se desprendeu aqui dentro uma centelha, a qual tentarei fazer com que permaneça acessa e brilhe mais vezes (risos). Continuo escrevendo. Isso é certo. E lendo muito. (risos)

06 – Deixe-nos uma mensagem para os jovens e o inventivo a leitura.

Quando eu ainda estava em sala de aula sempre dizia aos meus meninos e meninas que eles se destacariam como escritores nas áreas que escolhessem se fossem ótimos leitores. Sei que as dificuldades para as crianças e jovens das periferias são inúmeras e têm muitas vertentes, mas se eu servir de exemplo, digo que não vim de família rica, meus pais lutaram muito para me ajudar a ser quem sou hoje e venci pelos estudos que eles puderam me proporcionar. Além do mais, a leitura forja até mesmo o caráter do ser humano. Então o que digo para a rapaziada é que mesmo diante das dificuldades, e agora dessa pandemia, desse isolamento que nos foi imposto por essa doença tão cruel, que possam resguardar no seu mais íntimo os seus projetos e sonhos, sem desistirem deles e que percebam como é importante, e urgente, nos atuais dias, sermos bons leitores, até para fazermos as leituras mais eticamente adequadas das circunstâncias que nos cercam. É isso…