Sentimentos aflorados de Maria das Graças Henrique – Escritora da Coleção Mossoroense

Maria das Graças Henrique. Professora, atual diretora da Biblioteca Municipal Ney Pontes Duarte, escritora e cordelista. Ela tem se destacado nestes últimos meses com publicações valorosas para a literatura brasileira.

Trabalho como “Lembranças, sonhos e realidade” e “Falando de Educação” demostram sua verve literária e afloração de sentimentos.

A Coleção Mossoroense tem a honra de tê-la num seleto grupo de escritores que valorizam o seu selo.

Para Maria das Graças, o coração cheio de sentimentos faz-se necessário desabafar como um grito. Um grito que não pode calar diante de tanta sensação psíquica.  Segundo a mesma, “é com meu coração cheio de um sentimento misturado com dor, tristeza e preocupação que resolvi escrever. Um esse texto como um desabafo e também como um grito de alerta para muita gente”.

Eis um sentimento expresso em palavras, por Maria das Graças Henrique

MAS, QUE MUNDO!

Já escrevi sobre tanta coisa. Sobre amor, saudades, paixões, lembranças, sobre vidas que se vão, que volta que encontram-se e que se desencontram.
Já discorri sobre o real e também sobre o imaginário e sempre me coloco como protagonista naquilo que meu
lápis vai rabiscando no papel.
É tão bom rabiscar e registrar o que significa VIDA…
Mas ah! como dói falar da dor mais doída.
E essa dor vem se tornando uma constante nas páginas dos jornais da vida, em um mundo que perdeu o rumo como um grandioso barco à deriva, onde Deus não foi convidado para entrar e acalmar a tempestade, a fúria do mar…
Onde os pais esquecem sua missão maior: amar seus pequenos na medida certa do amor.
Esquecem, muitas vezes, que dizer um “não”  é amar muito mais do que dizer “sim”.
E dessa forma, vão dando brechas para semear, nesses pequeninos, a discórdia, o egoísmo, a individualidade…
Onde esses elementos podem fazer-se senhor de seus destinos.
E nesse ínterim, filhos fecham olhos e ouvidos aos seus pais…
Fiéis amigos… E assim desconstroem-se.
Talvez pela falta de um “grito”, de um alerta, como um “cuidado filho (a) você pode cair”. E o mundo, que é constituído por gente, está se tornando um mundo de muita gente que não parece mais com GENTE.
Um mundo tenebroso onde vidas inocentes são ceifadas, sem dó nem piedade. Onde estão os culpados?
Podemos apontá-los? NÃO!!!!
Podemos repensar cada um ser chamado gente que age como gente e clamar e clamar, primeiro a Deus, Ser Supremo e Soberano dentre todos e todas as coisas.
Mas, também aos homens da terra para que, munidos e guiados por Deus, encontrem o rumo, que ruma para um destino melhor nesse MUNDO!