Triste aniversário de morte de Vingt-un Rosado

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Hoje está completando 12 anos que Mossoró perdeu Vingt-un Rosado.  “Um cidadão mossoroense, reconhecido no Brasil, e conhecido em várias partes do mundo”, assim dizia Dix-sept Rosado Sobrinho, seu filho, hoje responsável pela Fundação que homenageia seu pai.

Vingt-un Rosado atuou em diversas frentes de trabalho, sempre com maestria, mas foi como criador da Coleção Mossoroense, a maior coleção de livros do País, com mais de quatro mil títulos publicados, que ele teve maior destaque.

Nesta mesma Coleção, ele publicou diversos títulos, sendo inclusive, seu primeiro livro publicado, uma homenagem a sua cidade, Mossoró.

Ele morreu na tarde do dia 21 de dezembro de 2005, vítima de parada cardíaca. Ele mesmo foi submetido a quatro pontes de safena, mas nada que pudesse solucionar a sua cardiopatia, que era crônica. O historiador faleceu com 85 anos, após sucessivas paradas cardíacas e um quadro cardíaco instável.

Durante o período que esteve no hospital com problemas cardíacos, o seu coração não esqueceu a sua paixão: trabalhou até os últimos momentos de consciência. E até no internamento ainda se preocupava com a Fundação Vingt-un Rosado. Do hospital, Vingt-un dedicou-se aos projetos da Fundação, recebendo assessores e auxiliares nos poucos momentos diários de visitas.

O corpo de Vingt-un foi trazido de Natal para Mossoró e foi velado no prédio central da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), antiga Escola Superior de Agricultura de Mossoró (ESAM), instituição que foi fundada por ele.

O mais recente livro publicado pela Coleção Mossoroense foi o volume 1671. O livro é uma homenagem ao professor Vingt-un Rosado feita pelo historiador Geraldo Maia do Nascimento. “O Criador do País de Mossoró – Uma biografia de Vingt-un Rosado”, foi o título da obra. O lançamento aconteceu no dia 25 de setembro (dia do natalício do homenageado) deste ano.

A realidade é que cultura sem ele está caminhando sem brilho. Ele deixou Mossoró órfã de sua sabedoria, além de projetos na área cultural. Sem a presença dele, o esforço está sendo imenso para dar continuidade a Fundação que leva o seu nome. Tudo ficou mais difícil. Porém, apesar de todos os problemas,  a Coleção Mossoroense está sendo reorganizada e será catalogado para melhor atender a sociedade. Haverá também um trabalho de conservação da biblioteca particular dele e a criação de um memorial em sua homenagem.   Atualmente, a sede da Fundação Vingt-un Rosado está localizada na Biblioteca Pública Municipal Ney Pontes Duarte, local que tem influência de Vingt-un da sua criação no ano de 1948.

Sua partida provocou muitas incertezas no cenário intelectual do Rio Grande do Norte. A bem da verdade, Mossoró perdeu o seu filho ilustre. E esta perda, até hoje, é irreparável.

Antes de falecer, Vingt-un publicou uma plaquete (série B – volume 2706) intitulada “Normas Acadêmicas para o velório e sepultamento de Vingt-un”. Trechos do livreto informa o desejo dele: “…O sepultamento será no cemitério novo e não haverá túmulo. Serei coberto pela terra do solo sagrado de Mossoró. Neste solo serão plantadas cactáceas e bromeliáceas, tal como fiz quando da fundação da ESAM na antiga fazenda de Fuão Pinto…” E assim foi feito…